De encontro ao teu beijo de lábios de espanto
esquecido no fundo do corpo ao
relento,
em alma de gelo, onde um pecador
é santo
acende uma chama num coração
cinzento.
Escondido no peito, a revolta de
outrora
explode em canções e cravos de
Abril
o gesto, o olhar a revolução que
demora
nesta democracia encapotada, de
gente vil.
E eis que num gesto, recordo o
teu sangue
a ferver-me na boca de tanto o
gritar,
a tentar salvar-nos deste governo
infame,
a salvaguardar direitos que nos
querem tirar.
Liberdade, pão, paz e dignidade,
trabalho, saúde, educação
em oportunidades, a igualdade
e 25 de Abril sempre, no coração.