quarta-feira, abril 16

25 de Abril sempre...


De encontro ao teu beijo de lábios de espanto
esquecido no fundo do corpo ao relento,
em alma de gelo, onde um pecador é santo
acende uma chama num coração cinzento.

Escondido no peito, a revolta de outrora
explode em canções e cravos de Abril
o gesto, o olhar a revolução que demora
nesta democracia encapotada, de gente vil.

E eis que num gesto, recordo o teu sangue
a ferver-me na boca de tanto o gritar,
a tentar salvar-nos deste governo infame,
a salvaguardar direitos que nos querem tirar.

Liberdade, pão, paz e dignidade,
trabalho, saúde, educação
em oportunidades, a igualdade
e 25 de Abril  sempre, no coração.


7 comentários:

Anónimo disse...

gosto desta tua nova deriva poética...
melhor dizendo, gosto mesmo muito...

Agulheta disse...

Olá amiga.Já algum tempo que não te via por aqui,embora eu também ande despegada a este espaço.Os tempos nos fazem grande stress.Estou de acordo contigo...Abril sempre e nada mais.
Feliz Páscoa e deixo um beijinho

Graça Pires disse...

O 25 de Abril está no nosso coração.
Ninguém o pode tirar de lá. Mesmo que façam tudo o que podem para o esquecermos, não vão conseguir nunca. Porque dizemos em coro: 25 de Abril sempre!!!
Gostei do poema.
Um beijo.

Filipe Campos Melo disse...

o verso-revolto dos cravos a(cinzen)tados

Protestar é preciso

Bjo.

vieira calado disse...

Sim, sempre!
E inaugura-se hoje. uma Grande Exposição sobre o tema, em Lagos.
Eu participo com poemas ilustrados e vídeos.
SE quiser pode ver algo, no meu blog.
Beijinhos!

Mar Arável disse...

Até que todas as sombras se rebentem

Bjs

http://nevinhawerneck.blogspot.com/ disse...

...a deriva poética sempre surpreendente
Nevinha Lacerda Werneck