sexta-feira, março 4

Clarence Greenwood (ou como o azul pode ser verde se olharmos ao contrário)










alimento-me de notas soltas













nas manhãs em que as primaveras são eternas pétalas de cetim









por entre os grãos de areia













(d)os dedos das mãos que já não são













sorrisos













e musicas que me exigem









não sei que afagos

















corpo firme pelas lembranças

















caminho descalça sobre corais









princípio do deserto de lilases









água de olhares cheios













alma nobre









em rugas vi(vi)das

















tocas-me pianissimo









na distância (em) que mantenho









aceso o peito









incandescente de canções





















desliga-se o cérebro









e









a memória esquece-me.