quinta-feira, março 17

Lacrimosa















amo(R)









vida









tanto em golfadas de luz na pele dorida às vezes,









outras vezes leite doce sabor materno da infância.









retorno.









sentada









joelhos abraçados pelo futuro que sei.









vómito tóxico.sorriso perene.









árvore de musica em palavras que alegram o dia









nas noite em que o sono se divide em p.a.s.s.a.g.e.m.









marcante,









inovidável









beijo guardado









o tumor é (um)a incerteza baça









os pés de barro são de deuses esculpidos a sangue.









cal que o corpo fermenta. e ausenta.









b.e.i.j.o. sempre na distância dos sabores ácidos do tempo









oração de silêncios... tantos.









eremitas as curvas das calçadas,









plano cincunflexo. genuflectir a sombra. enfeitiçar o sorriso.









aguardo sem saber esperar.









lágrimas de um terço de pérolas.









via sacra dos despojados.









deuses que castigam a indiferença. pulsares de gritos de ave.









sono do profeta









mutilado.









tóxica a indiferença dos dias.retrato a sépia do bloco operatório.









biopsia indefinida. finita a esperança do prelúdio duma lágrima.









dor espasmo.









anestesia diletante.









caio sobre os espinhos das rosas que roubo nos jardins que inventa(S).









mármore o coração de sangue









estival.













Permaneço num cheiro a é.t.e.r.









efémero o sonho. requiem e__________acordo.

















és manto na alma da cor das palavras. num refluxo de crisálidas,









manhãs submersas em leitos velados.













Absorves-me em fluídos fugazes.









Esqueço-te num adeus de olhares.









Transpiras-me num cântico final.

















E é noite de lua cheia.





sexta-feira, março 4

Clarence Greenwood (ou como o azul pode ser verde se olharmos ao contrário)










alimento-me de notas soltas













nas manhãs em que as primaveras são eternas pétalas de cetim









por entre os grãos de areia













(d)os dedos das mãos que já não são













sorrisos













e musicas que me exigem









não sei que afagos

















corpo firme pelas lembranças

















caminho descalça sobre corais









princípio do deserto de lilases









água de olhares cheios













alma nobre









em rugas vi(vi)das

















tocas-me pianissimo









na distância (em) que mantenho









aceso o peito









incandescente de canções





















desliga-se o cérebro









e









a memória esquece-me.