morreu[-se] assim, aos poucos, como que a respirá-lo nos dias sem mácula, sem aromas nem
cores num beijo de encolher de ombros
olhou-a parada, anunciada. de pálpebras abertas ao
vento, como quem chora. ou reza.
viu-o desenhado nas montanhas que lhe são corpo,
tão seu…
…tão longe de si própria, na imutabilidade
dos dedos pálidos, macerados pelas dores sempre virgens.
na flor do sorriso aberto à vontade, espreitou-lhe
as palavras, desenhou-se no silêncio que a morte ia emudecendo, em surdina de
verbos corrompidos pela desentendimento.
o tempo inquieto a secar a boca
louca
na extravagãncia excessiva de já não o escutar. nem
falar.
tão só.
desde então, bebe-O numa oferenda de domingos castos
bastos os dias finitos em que navega o verão.