chegaste num dia qualquer
sem encontro marcado olhar desviado pelo sol das tuas mãos de fauno com que
ainda hoje teces mantas no meu corpo debruado a beijos mel. o sorriso
depressa foi riso alto aberto e livre como o teu corpo na descoberta do meu
amansado que floresce em gemidos...orvalho nas pétalas de veludo cor de
fogo o meu corpo... sempre que me olhas e o mundo pára. pairo sobre
mim, no abraço que me deves.
cresço em direcção ao azul infinito cor
da minha alma. é branco o toque do teu corpo nu meu. há um barco
no mar do teu olhar. direi então: na ponte que me leva a ti, o amor é a tua
sombra em esplendor sobre o meu corpo poema que inventas a cada instante em que
me fazes mulher.
céu de cor púrpura
liquidambar cor do meu coração a floresta no peito uma bétula no olhar nas mãos
uma canção. E na voz o poema em que sou tua.
O meu coração é um
diospiro amadurecido pelo teu amor...