debruças-me devagar sobre o parapeito da janela que me traz sons perfumados de nuvens com que me afastas o olhar caído na tua mão cheia de pétalas com que pestanejas sílabas estonteantes num rosário de ópio.
caminho descalça por entre as searas
e as espigas acariciam o meu peito despido do teu corpo
grita-me baixinho sofismas que arredondem as metáforas que desprezas para que o dia seja céu e mar.
_____________________beijas-me no altar de pedra
e a música é extrema unção sempre que o amor é cor de água
benta com que me soltas os cabelos enfermos despenteados e rebeldes ao vento do
teu respirar.
(re)pousas em mim o cansaço dos dias inventados sempre que
te prometo mais_________________e mais.
e me dou.