Diz!
E tu pedes-me silêncio. (Numa profanação das minhas saudades imensuráveis, quase
dolorosas).
Espero-te.
Adivinho-te a chegar, com esta minha imaginação poderosa, que (me) torna dormente, a mente.
Preciso de não te esquecer. Areias movediças, corpos
ondulantes, sôfregos, perigosamente perto.
A pele é íman.
Vejo-te prismado em mim, a aniquilação é inevitável.
Sei o que quero. Caminho nas escolhas, passos que imagino
nas areias do meu deserto, e que me são oásis.
Calçar ou calcar a dor? Não a esmago, aprendo-a. Enfrento-a
na liberdade de caminhar no sentido oposto.
E sou livre.