Sinto os teus dedos
num respirar do abraço
beijo de sílaba
corpo arqueado,
em desejo solfejo melodia,
que continues a esperar-me todas as noites,
sempre que a chuva dança em mim
nesta paixão desenfreada,
que confundo com amor.
Delírios de primaveras maduras
as guerras dos sentidos,
eu entontecida
o teu olhar faminto,
segredo revelado
a sul,
onde o sol é navio.
E a tua mão pousada no meu peito.