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quarta-feira, fevereiro 3

Best is yet to come

 

CM


Confessadamente, não me livrei das tuas palavras. Saber que as arquivei num ficheiro, tão inacessível, como truque para não cair em tentação, faz com que me sinta vitoriosa, ao mesmo tempo que me aconchega a alma, pela falta que me fazes se as quiser reler. Em segredo.

Basta-me lembrá-las, para que te impregnes de novo em mim, em aromas de flores silvestres, exaltando-me as emoções que finjo não sentir.

Como se a imortalidade do tempo, me matasse, aos poucos, esbatendo a tua memória.

E aí está tu, no café dos desencontros, agora estruturados por esta pandemia maldita. Bem à vista, (a)pareces escondido, sem gestos, sem o teu olhar sorridente. Sem mim.

Dói-me o corpo, mas há muito que não é apenas o corpo, é a alma numa falta de ar, do tempo em pausa.

Dá-me um pouco de ti, peço-te, mesmo que em silêncio, traz-me o silêncio para que eu sacie esta sede de ti, que não admito, mas que me vai esgotando, dessecando, fazendo com que me evapore.

Só silêncio e(m) música. Ou algumas palavras tuas.

Para que a noite seja diferente.



sábado, abril 2

Someone (exactly) Like You,


Não sei. Não sei como vou viver sem ti. Mais órfã que viúva, porque não morreste, nem nunca morrerás primeiro que eu. Não sei se sabes deste amor que não sabe ser.

Não sei quantas lágrimas aguento, não sei quantos beijos não te dei.
Não sei, não sei.

Abro a porta da igreja e desafio a obediência, de olhos vendados. A lembrar dias que não tivemos. Ensopados de história. E estórias. Tanto de muito.

E dizes-me que o importante é eu sentir-me bem. Sentirei, quando deixar de (te) sentir... 
...A primavera que tarda no teu olhar de música. 

Quando parti para o deserto, disseste-me… O que foi mesmo que escreveste? Devo ter guardado algures, nesse tempo nem imaginava que não eras de poemas e ainda hoje não sei se é um excerto, ou se era já a tua alma a tocar a minha. Não sei.


Desejava que ele a beijasse. E ela, de olhos abertos a ver o beijo…
… mas antes, de olhos nos olhos.

Depois de olhos fechados, na imaginação em que os beijos existem e na intensidade  que se adivinham todos aqueles que ainda não foram dados.


Se me amas[te]?

Não sei, não sei...