sabes onde descobrir-me, enrolada em mim, sabes onde fico presa, enredada em teares de seda pura, em sonhos devolutos e madrugadas de abril vermelho, o mesmo das papoilas que baloiçam ao vento que insiste em levar-me, nua, despida com ternura, de mãos cheias de chuva e pele alva de neve azul.
a mesma com que me abraças à distância dum rio cor de mar e
musgo.
e então, sorrio à dor que ainda não é morte. talvez sorte.
de principiante, mesmo repetente. ausente, dúvida latente. dívida carente.
fermento, adubo, presente.