Crisálidas dementes
-e-n-c-r-espadas
salientes no desespero da liberdade
rasgam-se véus de teias
murcham pétalas
ideias
veneno anil
sol e sal
lamento visceral
putrefacta a alma do poeta maldito.
Sou poema proibido
lago
rio esquecido
mar de lama afrodisíaca
sangue e suor
sou s.u.s.p.i.r.o
(e respiro)
onde te passeias
em voos rasantes
enquanto morro em ti.