Foto: CM
Viajo anónima
na incerteza dos nossos olhares insuspeitos,
canto, como que afogada em lágrimas
e desfaleço
faminta
da eternidade nas minhas mãos em concha na
definitiva espera do teu corpo,
da ausência da alma
nesta intrínseca urgência
que me tinge o olhar de um azul inventado,
como se fosse fácil
guardar o tormento do estridente som do silêncio.