Vê-o desesperado com o coração nas mãos
tão longe do sorriso que lhe era feição
(n)a ausência de batimentos, a transpirar medo dos beijos por
sentir
longe de si próprio, a respirar orvalhos de manhãs
submersas, distantes as lágrimas escondidas
inquietantes as mãos por dar
vê-o e sente-o a perder-se, sem o perder de vista
sem o perder de si
vê-o em poemas por escrever
sento-o quando o chão quase lhe falta
ampara-o no silêncio da dor
música de encantar
num vazio quase crepuscular.
Então resgata-o
sentada na margem das suas histórias
sem o deixar afogar.