Foto JFP
fazer deste chão, céu...onde em voos rasantes ao teu corpo de rei, te sussurro afagos de anjo. depois beber-te as palavras que suavizam os sentidos obrigatórios na direcção proibida do meu olhar. coloridas os lábios com que te desassossego as mãos perdidas no meu corpo de água. diáfana nudez de alma pura. diz-me amor, se és meu, com quantas letras se escreve a palavra com que me defino enquanto amparo as tuas lágrimas de resina? quantos traços são precisos para que o esboço com que me desenhas seja tatuado no teu abraço que tarda? és aroma primitivo, sabor a saudade escondida no meu peito, onde respiras devagar para que ninguém saiba que vives debaixo da minha pele.