Amor inquietante no naufrágio dos dias.
Habito
ainda, o coração dos pássaros que esvoaçam no teu peito.
Tardes inexoráveis de dedos imaculados, e que
ainda me tocam os ombros nus.
Respiro(-te) o hálito, sorvo-te o beijo,
absorvo-te inteiro.
Esqueço-me, lembro-te, nas horas breves de todos
os dias.
Descanso nas memórias, e afugento a tristeza, com
um gesto pálido de indiferença.