milagre de flores num vestido branco
hábito
manchado
de sangue puro acontecer
castos
em celibato virgem
i.n.v.o.l.u.n.t.á.r.i.o
o toque
nus cabelos dourados
coroas de rosas
sem espinhos
caminha descalça de mão dada com a dor
ermida da memória
onde o vento leva as promessas
palavras
na cor do santuário
sim, meu anjo amo-te em cascatas de notas musicais
sorris na distância dos quilómetros que não digo
fotografas monumentos que constróis em nossa honra
arquitecto de amores plurais
onde
sou singular.
As madrugadas são manhãs por acontecer.
Sorrio ao mar que me aguarda
escarpas rasgadas na descida sem retorno
danço ao som do eclipse lunar
solstício de verão a chegar
fecho os olhos, as mãos, a boca
neste caminhar
onde o meu corpo se abre em alma
para o teu entrar.