anima-se o vento sob o teu andar deslizante
imperceptível a poeira do meu olhar
vacilante
enquanto me tomas nos braços
me tomas
em goles ávidos
num
trago
ventre rasgado em camuflagens de alma de anjo
tomas-me depois
d.e.v.a.g.a.r
num deguste próprio de um vintage porto
envelhecido em caves de ouro
(a)douro
o teu sorriso
com estas mãos pequenas de brincar à apanhada
de coração partido em pedaços de papel
respirava-te em gotas de chamas
bebia-te as palavras irrequietas
vagabundas
na minha pele
onde ainda escreves discursos
p-a-r-t-i-t-u-r-a-s
musica que compõe(s) (n)o meu corpo
enroscado
nu
teu
melodia que sou
que somos
tu & eu.