Escuto o Outono em brandos olhares,
as minhas mãos nas tuas para sempre enquanto durar,
em sonho de inércia vencida,
ruas que são florestas que ousei percorrer
como aventura, despida de folhas.
E o amor é,
aroma vitória
química e física
onde as leis são troca de corpos e almas a tocar corações em
uníssono,
como esta corrida de letras sem fim,
ou nexo
numa catarse habitual de música e cores
reactivas
subversivas,
interacção crepuscular
bruma ousada,
espaços vazios,
quando chove em mim.
E eu sorrio
mesmo quando não sei de ti.