quarta-feira, abril 23

Nobody Lives Here

 



A boca fechada, como as mãos que tapam os olhos, para que a dor não c(h)egue.

Entre gestos contidos, pairam no ar palavras indigentes. 

Suspende-se o tempo, como se o mundo esperasse  uma resposta.

Foi então que ele chegou e a agarrou pelas ancas, beijando-a até lhe chegar à alma.


quinta-feira, abril 3

Before

 



E o mutismo.

Na parte oca das reticências onde tudo se prevê mais intenso, por não se ouvir, não se conhecer a certeza, a segurança do que se percebe.

Silêncio, devaneio que deseja que lhe (não) digas. 

Mutismo.

Aflorar  da tua boca, a conjugar o verbo.



quarta-feira, abril 2

Slave to love


 Foto: CM

Desejo. 

Tanto desejo dele, do toque que  lhe deixa sulcos vincados nas curvas que a envolvem. 

Exije mais, mais dor, dor que lhe fique próxima, fustigada na convulsão mal suportada, de tanto veludo que a consome por dentro.