quarta-feira, julho 6

L'opéra imaginaire





Rente ao chão


curvada pelo peso do teu amor


entoo cânticos celestiais


dedos riscam as paredes seculares


deixo um traço


passo a passo


de dança de ondas e marés


12 luas de Garbarek


insinuas-te lesto ingénuo e quase infantil


meu anjo


as madrugadas de Abril


habitam em nós em cada vitória que tentamos


vencer a insónia


viver a luta popular sem pedantismo intelectual


actual


a resiliência da juventude adormecida pelos nossos contos de fadas


e as florestas mágicas que percorro encerram mistérios que não desvendo


sorrio ao entardecer da idade com que me ensinas a experiência cáustica do teu existir atribulado


gostava de viver mais devagar


para ter tempo


de ler todos os livros


com que forro as paredes deste lar


pleno de musica e flores silvestres


com que me visto nos dias


em que me visitas no meu leito de amores guardados


aromas inventados


sabores proibidos


e


o teu corpo no meu


como se fosse sempre a primeira vez.



12 comentários:

mfc disse...

... "como se fosse sempre a primeira vez!"
Que lindo!

Filipe Campos Melo disse...

Rente ao chão se perdem os versos que foram escritos para voar

"as madrugadas de Abril habitam em nós em cada vitória que tentamos vencer a insónia"
(entre muitos belos versos sublinho este pelo seu imenso e profundo simbolismo, que vai bem além da literalidade)

um belíssimo poema com uma maturidade poética e vivencial encantada e incontornável

Bjo

Mar Arável disse...

Como se fosse e é

um namoro de infinitos

Belo

mundo azul disse...

________________________________


...sim, o tempo parece ser sempre curto demais...

O seu poema é uma joia!


Beijos de luz e o meu carinho...


_______________________________

Teresa Durães disse...

a paixão consumidora!

Anónimo disse...

Um poema, este poema, merece uma observação feita por alguém que te conheça, que entenda o seu tom confessionário.

Há tudo a dizer, tanto que não tem fim, nem vale a pena começar, mas agora já comecei e não preciso de dizer mais, porque as minhas palavras são o tal pássaro solto que voa a rasar o teu coração e tu sabes tudo o que ele diz, mesmo que se cale e não diga mais nada.

De certeza que me entendes se te disser que mereces mais do que esvaídos comentários ocos que necrófagos se alimentam das tuas palavras para te bajularem.

Beijo de ...seda.

A.S. disse...

Gostei... muito!

Deixo-te BeijOOOs
AL

lobices disse...

...beijinho nini

t disse...

É um prazer.....!!!!!!!!!!

. intemporal . disse...

.

.

. a primeir.íssima vez .

.

. como esta vez . e mais esta vez . e mais desta vez .

.

. em que me encontro aqui .

.

.

. seja bem.regressada .

.

. um beijo ,,,

.

.

Anónimo disse...

Apaixonou-me . Este poema é de uma delicadeza , de ...fiquei só a le-lo ,a ouvi-lo...sem mais palavras.

Anónimo disse...

contudo o som do mar.( esqueci)