Por vezes és dor. Misturo-te nesse sangue leitoso que
cura feridas de lábios abertos.
Transfusões de sol e arrepios. Percorrendo estradas por
onde transparece o desejo a derreter no asfalto acabado de secar. Divido-me ao
meio, seduzida pelo proibido, volto a reconstruir-me, sou dobro da divisão. Um
simples não e és figos em de_leite no meu peito.
A viagem a terminar e o tempo a inventar horas de cor.
Ofereces-me as tuas palavras e música num altar
inquieto onde és piano atrevido, ofertado, mesmo sabendo do meu querer
esquecer.
________________ e nos teus olhos as imagens do que não
(me) podes ter..
Inundo-me de pele tatuada da tua cor. E sou pauta,
página, folha, raiz________________________ do teu amor.