alimento-me de notas soltas
nas manhãs em que as primaveras são eternas pétalas de cetim
por entre os grãos de areia
(d)os dedos das mãos que já não são
sorrisos
e musicas que me exigem
não sei que afagos
corpo firme pelas lembranças
caminho descalça sobre corais
princípio do deserto de lilases
água de olhares cheios
alma nobre
em rugas vi(vi)das
tocas-me pianissimo
na distância (em) que mantenho
aceso o peito
incandescente de canções
desliga-se o cérebro
e
a memória esquece-me.
21 comentários:
como não podia deixar de ser, eis que estamos perante mais um belo poema.
Desconcertam-me os dois últimos versos.
Este poema tem música...
Gostava que me ensinasses a desligar o cérebro...
Beijos.
"corpo firme pelas lembranças"... somos essencialmente memória!
É ela o cimento da nossa existência!
Minha querida
Como seria bom desligar o cérebro...deixarmo-nos em algum lugar onde o céu fosse sempre azul e as lembranças fossem flores.
Lindo como sempre o que escreves.
Beijinho com carinho
Sonhadora
gosto de caminhar descalça pelo ar
sentir nos pés as tuas mãos,
os teus beijos molhados...
de passear na tua pele macia
contornando-te as curvas
deixando que o bailado as pernas me desvende os poros mais sensíveis
para a eles voltar quando o passeio dos meus pés me pedir mais.
beijos
Caminhar descalço sobre corais é coisa para lixar os pés todos...
Mais um belo e desconcertante poema!
Fiquei feliz com a tua visita, tinha perdido este endereço.
Beijinhos
maravilhoso poema!
e adoro a ideia do céu ser verde :)
obrigada pela visita!***
olá amiga
obrigado pelo seu carinho na minha casa
gostei muito de estar aqui. nós que amamos. as palavras somos felizes neste paraíso.
vou seguir-te
beijos e poesia!!
Obrigada pela visita. Vim retribuir e fiquei encantada. Vou perder-me bastante por aqui. Parabéns!
Abraço
Rosário
as memórias ficam (se quisermos).
beij
Nossa! Que alto, esta fotografia de onde foi tirada!
No teu peito incandescente, moram todos os sonhos, todos os desejos...
Beijos!
AL
se olharmos ao contrário
não esquecemos nada
pianíssimo
o seu poema!
um beijo
manuela
Palavras que se soltam
Como pétalas de cetim
Corpo de areia
que se escoa entre as mãos
A memória é distância
quando as cores são neutras
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Um prazer imenso ler tua grande poesia
Bjo.
Por vezes é tudo quanto queremos...
prazer ... em (te)ler.
Bj
a pensar ...
bj
gostei
teresa
E quem será a Antemanhã???? Fiquei a pensar e descobri que ando esquecida ou distraída :)
Em memória, num poema músical onde o ceú é de todas as cores , e nele nos perdemos num tempo sem fim.
Palavras que se soltam como pétalas.
O tempo é amigo e inimigo na vida.
É com sutileza que a memória nos deixa riquezas.
É necessário lucidez, charme dos entardeceres de Verão.
Inspiro-me na luz, num sorriso, num olhar de magia.
"sonho de palavras"
Gosto...e estou a "descobri-la"...e com muito prazer !
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