a distância de que fazes ausência deixa-me em sonhos onde entras espreitando-me nua à luz da lua cheia o teu sorriso azul com que me debilitas os sentidos dormentes os dedos nas minhas costas em cócegas delirando excitações na minha cama azul quando abro os lábios ao teu olhar azul que me penetra a pele de seda tingida de azul céu para onde voo direita à casa de música que guardas junto ao peito numa caixa de cristal azul de palavras ternas e cintilantes de uma provocação azul quando chegas ofegante da corrida que é o percurso do gelo no meu corpo e azul a alma que me foge desvairada e louca azul sempre azul cada vez que te penso e te sei dia lago rio mar encharcado de desejo azul nas nuvens claras das manhãs em que me adormeces com a tua voz rouca azul de saliva respirada em suspenso azul o livro que ainda não te dei porque não sabes de mim em ti.
9 comentários:
Bonito, este tom de azul!
fascinante todo o texto e com um remate de ouro neste AZUL: "não sabes de mim em ti"
Tenho de me repetir sempre e sempre, ler-te é simplesmente maravilhoso.
blue velvet?
gostei dessa persistência de Azul.
beijo
Belíssimo texto. Se a sensualidade é azul, seja!
Azul! Tanto azul num domínio perfeito sobre... é assim o amor, o desejo, o querer... mesmo que azul não seja.
Beijinho
Um Azul veludo.
azul saudade azul paixão.
um Azul de sonhos.
adorei!
Beijo
Um sussurrante segredo azul
como verso tangente à cor
notas soltas sobre ás aguas
na dormência dos sentidos
Imaginários lugares
Sempre bom te ler
Bjo.
Gostei do teu poema azul.
Beijinho.
Um azul que nos leva ao Céu!
Belo sonho.
Bjnhs
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