sexta-feira, abril 4

Guerra e(m) Paz





Escreve(r) notas soltas






páginas em branco






morangos doces






amoras silvestres






pranto






perdas de juízo










nublados






os



olhares



rectilíneos










portas fechadas






pedras marcadas










embalas-me na sedução que recusas










casulo de mariposa






airosa a ventania






com que rodas as pás dos moinhos












pão amassado sem sal






sem água






em lágrimas






doces












azevinho quente






terra ardente












molde de barro






em corpo torneado a frio












cântaro sem asa






brasa



nos



caminhos






meus






os






pés






em desalinho












com direcção sem sentido












soldado desconhecido






(meu)






amor perdido.

16 comentários:

alfacinha disse...

palavras impresionante
cumprimentos

pin gente disse...

no teu embalo vazio aconchego perdas e ganhos. olho-te, através da porta fechada à intempérie que de mim adivinhas. sou apenas um grão na garganta do vento.


beijos, ana(mar)

Anónimo disse...

magnifico, o sustento das palavras
que embaladas vão aconchegando o regaço meu.



"Rascunhos"

Canto da Boca disse...

A gênese de um amor-poema, "páginas em branco", para serem preenchidas com todas as notas, cores e sabores!

Beijinhos!

;)

Branca disse...

Palavras soltas numa composição maior de imagens vivas.
Parabéns, Anamar.
Beijinhos
Branca

Anónimo disse...

páginas em branco que tu tão facilmente preenches de cor, amor e ternura.

beijos muitos

Filipe Campos Melo disse...

Letras sem forma,
Sentidos disformes,
Portas de pedra que se fecham,
Casulos que colapsam,
Lágrimas d´água doce,
Caminho desconhecido,
num verso perdido.

Assim é a Grande Poesia

Um prazer imenso ler-te.

Bjo.

Mar Arável disse...

Um belo casamento de palavras

sentidas

Bjs

Anónimo disse...

Excelente expressão de sentimentos. Vou voltar.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida
Obrigada pela visita ao meu cantinho, cheguei e gostei muito da sua poesia, vou voltar.
Este poema é maravilhoso, nostálgico mas muito sentido.

caminhos meus os pés em desalinho com direcção sem sentido soldado desconhecido (meu) amor perdido.

Lindo.

Beijinhos
Sonhadora

zaratustra disse...

gostei

. intemporal . disse...

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. bel.íssimo .

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. paulo .

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JOTA ENE ✔ disse...

ººº
Prometo que um dia vou especializar-me em poesia...

Uma sugestão: escreve uma poesia erótica...

Bjoooo

By Me disse...

PARA ESCREVER PRECISAMOS DE UMA BOA GUERRA DENTRO DE NÓS,UM CONFLITO...SE NÃO EXISTE,ARRANJAMOS...

ASSUSTEI-ME...PENSEI QUE SE TRATAVA DE UMA CORRENTE DE AR...AFINAL ERAS TU....:)))

Lilá(s) disse...

Escreve o que quiseres e como quiseres que o efeito é sempre encantador!
Bjs

uminuto disse...

perde-se um amor e outro surge no horizonte
um beijo e boa semana