quinta-feira, outubro 31

Do you remember me?




Voltei a escrever sobre mim, nos cadernos antigos, de capa preta que guardava em lugares ocultos, e quase me comovo, por não reconhecer depois, a minha letra.


O vento que faz esvoaçar as folhas, traz um aroma a baunilha e os beijos que lá guardo, de sabores vários, imperceptíveis a todos os palatos, excepto ao meu. 

Dos teus lábios perfumados, tatuados na minha pele.

Quando me deixava morder ao de leve, sentindo-te. 

S a b e n d o - t e.

Degustando-te poro a poro, num envolvimento de almas nos corpos invisíveis.

Engolir-te em rajadas respiradas num sufoco de quase dor.

Toco-te

E trago comigo todos os aromas, sabores e cores que já foram.

3 comentários:

Anónimo disse...

Falas no texto num degustar poro a poro, pois bem, eu transporto para o texto e digo degustar palavra a palavra é o que devemos fazer. Saborear até à última sílaba, até à última palavra. Depois é fazer jejum para permacer com o sabor do teu texto para além da imensidão dos dias. É muito bom ler-te.

Mar Arável disse...

Bom regresso
Bj

MiHomem disse...

Muito bom