Voltei a escrever sobre mim, nos cadernos antigos, de capa preta que guardava em lugares ocultos, e quase me comovo, por não reconhecer depois, a minha letra.
O vento que faz esvoaçar as folhas, traz um aroma a baunilha
e os beijos que lá guardo, de sabores vários, imperceptíveis a todos os palatos,
excepto ao meu.
Dos teus lábios perfumados, tatuados na minha pele.
Quando me deixava morder ao de leve, sentindo-te.
S a b e n d o - t e.
Degustando-te poro a poro, num envolvimento de almas nos
corpos invisíveis.
Engolir-te em rajadas respiradas num sufoco de quase dor.
Toco-te.
E trago comigo todos os aromas, sabores e cores que
já foram.
3 comentários:
Falas no texto num degustar poro a poro, pois bem, eu transporto para o texto e digo degustar palavra a palavra é o que devemos fazer. Saborear até à última sílaba, até à última palavra. Depois é fazer jejum para permacer com o sabor do teu texto para além da imensidão dos dias. É muito bom ler-te.
Bom regresso
Bj
Muito bom
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