e naquele
dia o teu olhar foi o princípio do (a)mar desenfreado, em constantes encontros
que eram sempre breves. ausência vítrea na capela isolada. corpos vestidos de
desejos nus. almas cúmplices de olhares que beijam. fugazes. fugidios. audazes.
por vezes incapazes. eutanásia cega de sentidos. morri de pé como os soldados
cegos, enganados pela vitória que se misturava com o gás nas trincheiras.
trazes nos
cabelos, o vento da minha liberdade inquieta. eco de gritos surdos ou agudos, já
nem me lembro bem. apenas te sei devoluto. presente abandonado. não me vês, porque
não me olhas. (sor)rio ondulante de secura extrema. árvore tombada de raiz nua. sou ave
presa. sou pressa, sou poema que escreveste, na véspera daquele dia.
6 comentários:
"sou ave presa. sou pressa, sou poema que escreveste..."
muito bonito!
gostei muito desse "universo poético" tão bem (d)escrito!
saudações
Um poema que nos ata aos cenários descritos e aos sentimentos escancarados nas palavras, que criam vida e nos dá esse nó poético do qual não queremos nos soltar!
Texto Espetacular, como sempre!
Beijo.
:)
A tua inquietude poética - bom voltar a este lugar
Belissimo!
Os teus textos são inconfundíveis...
Abraço!
Muito lindo!
Os teus textos são inconfundíveis...!!
Um beijo!
Como sempre...textos deliciosos!
Um beijo...
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