Esta fome sem nome (sede?)
onde te canto (conto?)
em encontros imaginários ,
de afagos e(m) sonho
e o meu corpo findável (suportado apenas por tanta
paixão na alma)
a minha mão a
acenar-te, ao balcão do Cave
a minha face lívida, a tentar acordar-te para uma última dança
num desassossego daquela especial música rock, alternativa, independentemente do momento
sempre a surpreender
(mas somente silêncio
ao cair de todas as tardes que se tornavam noites).
Pergunto-te: mais um copo?
Ignoras-me num desvio cobarde de olhar
Como se nunca tivéssemos sido
Mesmo quando assolados pela inquietude serena
De batimentos cardíacos em uníssono
Nada mais a dizer(-te)
Já não me importa que não venhas
o tempo apenas é (um enquadramento)
sei que um dia, sentirás a minha falta
pois a partida está para breve
talvez então entendas
o fulgor do meu rosto escarlate apesar da palidez do
meu corpo
sem vida
sem música
sem sangue. Sem gritar.
7 comentários:
Lindo, poderoso, triste, e...(moral), sentimental, emocional, fulcral, desejo profundo em sustenido.
Von
a fome tem intensidade: muita
a fome tem responsável: a tua escrita
obrigado por me saciares
Eu bebia um copo e dançaria contigo o dia todo. Todos o dias.
(Essa dor é real?)
Bjº
C.
No silêncio da noite, há lábios de água com sede de fogo, o doce feitiço de um olhar breve e promissor…o imprevisto, que torna tudo muito mais excitante!
Um beijo!
Gosto desta tua forma de escrever.
A chama esmorece, os olhares desencontram-se, as vivências passadas ainda por arrumar...
Lá fora, indiferentes ao bater dos corações, as marés continuam no seu ritmo pausado do vai e vem, as gaivotas persistem na procura de alimento, as luzes da cidade continuam a acender-se, agora mais solitárias...
Um bom fim-de-semana :)
Tentar esquecer, não é viver |quantas vez te disse que o amor, a paixão se renovam? Esquece o que não interessa. Vive o momento!|
Tua escrita sempre brilhante, mesmo que nostalgia em dó sempre, sempre crescente.
Beijo
PM
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