Desfoco-me nesta inalação de sol
de água salgada e nudez milagrosa
O luar de agosto em julho
orgulho a rimar com saudade
Epifania contínua
esguia
esquiva
Num somatório de dias solitários
raras as tardes que não anoitecem
e me apunhalam
o ventre dorido de tanto parir dores
e eu
quase vazia de ternuras e
a-d-o-c-i-c-a-d-o-s
predicados
quase vazia de palavras
apenas a música que se insinua
ainda me habita
e este amor amassado pelo abraço distante.
2 comentários:
distante mas sempre perto
L.L.
Mais um belo momento, tão perto da alma.
Abraço*
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