quarta-feira, junho 15

Call Me When You Get Home


 

Deixo cair os olhos no pinhal

              e apanho os meus pedaços.

 

A tapar os olhos até as palmas das mãos doerem, pelo rasgo dos ramos da árvore a que trepo

na colheita do fruto proibido,

sempre que ensaio fugas

de ti,

de mim.

 

Lasciva,

esta cor de perfume

                      a escorrer-te pela barba

azul,

de manchas licorosas

almiscaradas, perigosas

que não me

deixam partir.


10 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Muito bom Gostei bastante!
.
Coisas de uma Vida / Dia mundial do vento

Beijos. Votos de boa noite

zaratustra disse...

leio uma, muitas vezes e cada palavra é a água que mata a sede, como se fosse uma poesia sem tino mas devidamente estruturada e pensada...
ler-te continua a ser muito bom

Fá menor disse...

Gostei.
Por vezes estamos assim, pedaços que temos de conseguir apanhar para que sejamos inteiros.

Beijinhos.

A.S. disse...

Na colheita do fruto proibido
por entre os sulcos da carne
as mãos não param.
E não sobra nada...
nem corpo, nem tempo, nem saliva,
apenas o delírio em que me abandono!

- R y k @ r d o - disse...

Poema deslumbrante, super bem escrito, que me deslumbrou o ego, ler.
Voltarei
.
Bom fim de semana.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

brancas nuvens negras disse...

Sensualidade com beleza, uma associação feliz.

Parapeito disse...

Olá linda :)
Fico sempre sem saber o que dizer...
Acho sempre que não tenho palavras para dizer o quanto acho dos teus sentires.
É tanto , tanto Ana!
Gostei muito.
Abraço e brisas doces***

Graça disse...


É sempre magnífico ler-te. Beijinho.

brancas nuvens negras disse...

Interessante e sensual. Original na forma de apresentação.

A.S. disse...

Não digas nada...sente!