segunda-feira, maio 29

Cartas às florestas I

 

Foto: CM

Não há flores no meu jardim. Não se vêem, não se tocam, nem se podem colher. Aromas insuspeitos de uma primavera indigente.

Perco-me nos cheiros adivinhados. Entro na floresta e sento-me junto ao castanheiro mais antigo.

Levanto-me e tropeço no estalar de pernadas secas, talvez seja o barulho do meu envelhecer com elas, estas árvores que me conhecem e amparam lágrimas, que por vezes me empurram para precipícios de cores vivas, outras vezes me obrigam a ficar em casa, de tanto que as canso de observar.

7 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Gostei bastante!! Obrigada pela partilha!
.
Permito-me vaguear sem restrição
.
Beijo, e uma excelente semana.

Cidália Ferreira disse...

Gostei bastante!!
.
Permito-me vaguear sem restrição
.
Beijo, e uma excelente semana.

" R y k @ r d o " disse...

Poderoso, profundo, lindo de ler. Cumprimentos poéticos

Mariete Salema disse...

Encantador de ler.
*
Terça feira de Paz e Amor.
*/*

chica disse...

Que lindas palavras de amor às árvores que te rodeiam.
Ainda agorinha recebi do meu filho, da Itália, árvores que o rodeiam...
beijos, lindo dia! chica

brancas nuvens negras disse...

As árvores merecem a nossa estima e... podem ser abraçadas.

Kaos Calmo disse...

Querida amiga espero que estejas bem. Vim.Deixar um beijo

Quentes as palavras como o dia de hoje.