À porta do café, permanece [in]quieta, devassa a luz que lhe acende os sentidos.
Lábios gretados pelas palavras novas amordaçadas.
Memórias. São ainda assim as paixões agora com o cabelo deixado crescer, como nos anos 70 e 80.
Recua aos tempos em que os labirintos eram desafios com
destinos sem receios e a liberdade, a soma dos momentos.
Afaga a brisa de uma noite morna. As avenidas estão vazias,
num desassossego doloroso.
Os cabelos dourados, presos com um travessão, para que o
vento não lhe levante a saia do vestido longo.