Adocicado o segredo
aromatizado de ácido
em suaves doses de ópio
deito-me sem saber se acordo
não adormeço
a dor
c
a
i
o sol
em tapetes de flores vivas
secas
as lágrimas doces de Verão
ser
transparentes
líquidas e quentes
áspero o lençol que me cobre de morte
embalo palavras
esqueço
rostos
ofereço
mariposas em casulos de seda
meu amor de madrugadas violetas
cem cadernos mil canetas
manuscrito o diário
debruado a tinta da china
onde
me encerro.
11 comentários:
Obrigada pelas palavras.
Gosto muito deste estilo experimental de construção poética. Lindo.
bj
Também gosto de amar nas madrugadas violetas! Bonito poema.
Uma revelçaõ velada...
beijos.
De que serve negarmos as pulsões interiores e isolarmo-nos?!
Um poema dilacerado pela dúvida... incerteza!
A busca da serenidade.
lindo blog...
se gosta de poesia?
venha visitar-me em:
www.soliloquioaolonge.blogspot.com
vou te seguir, vc retribui o seguimento?
um grande abraço!
És amor de madrugadas violetas
És ópio de cem mil suaves doses
Por isso não sei se vou acordar
Por isso ouço todas estas vozes
Ideias e lágrimas de mil poetas
Flores em constante desabrochar
E também risos...
Em desafio
pois claro
Gotas de palavras muito melodiosas. Parabéns!
Belo. E ainda mais valorizado pela imagem. :) Boa semana!
Retribuo a visita aos meus blogues.
Acrescento o estilo único como tão bem escreves poesia.
Bjs
É no verso em que me guardo que te juro e me confesso.
"cem cadernos mil canetas
manuscrito o diário
debruado a tinta da china
onde
me encerro."
Tua escrita tem uma vocação intemporal, mesmo quando tingida pela dor.
É um imenso prazer, tu sabes, te ler.
Bjo.
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