Escrevo-te
no (in)verso do poema onde a solidão de ti me habita,
tu estás lá (estás?)
e, no cetim de um leito que não mereço,
existe o vazio
do sorriso fechado
desenha(n)do no meu corpo pálido,
palavras rotineiras, sacramentais, vazias.
Sentada no banco da Avenida,
abrando o coração acelerado de memórias
hesito no caminho a seguir,
fecho-me por dentro
numa tentativa de verão tardio
nesta espera de abandono, porque nem sei se virás
olhar-me nos olhos e perdoar-me o carácter,
nesta escuridão de silêncio excessivo,
provocador e mastigóforo.
E sem insistência,
a noite tomba nas minhas mãos de ninhos vazios
suspiro, inspiro, respiro enfim.
4 comentários:
acompanho os sentires respiratórios com que me brindas
olho-te no olhar
deitado no cetim com que forrei o teu sorriso penso as palavras que irei escrever no teu corpo
habito-te e gosto sim...
L.L.
... as tuas mãos cheias de poesia, sempre.
beijinhos
Também me soube bem respirar a tua poesia, aqui.
:)
Beijinhos.
Uma cadência doce e quente...dá gosto este respirar
brisas doces para esse lado *
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