quinta-feira, outubro 21

Iris

 



Não foi o olhar que evitou o meu, foi o murmúrio de uma sedução adocicada, quando eu cheguei, atrasada, desencontrada, despenteada, meia perdida. 

Envergonhada.


Senti-me num filme em realidade paralela, e noutra dimensão  para além da liquidez dos sentidos. Encurtei conversas, partilhei segredos, até recear ter falado demais. Fez-me doer. Especialmente quando o silêncio me causou vertigens num reflexo onde ainda hoje não me consigo ver.

Senti-me a arder pela ausência de momentos tão longos de silêncio.

Depois uma distânciaque é mágoa inapelável, num labirinto de pálpebras fechadas onde me deito sem dormir.


A morrer-me aos poucos, em desmaios consecutivos… 

4 comentários:

Luis disse...

quantas vezes se pode ficar meio perdida?
certamente mais que duas

A.S. disse...

Nunca chegas atrasada.
Tudo acontece no tempo certo...

L. Lopes disse...

Ausência,
Silêncio,
Distância...

palavras de um poema feito de sentires...

Anónimo disse...

https://www.youtube.com/watch?v=bYWtvlaXjew

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