quinta-feira, novembro 18

Time to go


 

Dá-me a mão, senta-te comigo junto ao lago dos cisnes, que perdura no bailado do meu olhar.

Dá-me a mão, enquanto percorremos a Marginal, ao som das tuas escolhas que me cativaram. A tua mão esquerda no volante e a música acelerada como o meu coração.

Dá-me a mão, sempre a direita, quando passeamos pelas Avenidas e deixas nos passeios, aroma a baunilha e nos meus lábios, o sabor a cigarrilhas (que agora fumo).

Lembra-te das palavras que moram nos livros, dança ao som das canções que me ofereceste, e viaja até onde a imaginação te levar.

Dá-me a mão. E abriga-te comigo, aqui, comigo. Dentro no meu peito. Nesta mistura de calor de pele, onde flutuo para além de ti.

Náufraga desse teu after shave inebriante, presa no teu sorriso de olhos fechados.

A tua voz fere como a noite mais solitária, quando saio para a rua deserta e danço ao ritmo da chuva.

Vislumbro-te ao longe, sem seres sombra ou apenas silhueta.

 

Então abrigo-me. E já não choro. Apenas reconheço a simplicidade da imensidão.

5 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Um texto fantástico! Obrigada pela partilha!:)
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Silêncios escutados com serenidade
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Beijo e um excelente noite:)

alfacinha disse...

Que texto lindo
abraços

" R y k @ r d o " disse...

Texto lindíssimo de ler.
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Cordiais saudações … feliz fim-de-semana
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

A.S. disse...

Muito belo!
Deliciosamente sedutor.
Como se o beijo fosse eterno
e nunca se extinguisse nos teus lábios!

Um beijo para ti!

Juvenal Nunes disse...

A vida é uma passagem, na qual vivemos episódios que nos reconfortam e aquecem a alma.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes