Dá-me a mão, senta-te comigo junto ao lago dos cisnes, que
perdura no bailado do meu olhar.
Dá-me a mão, enquanto percorremos a Marginal, ao som das tuas
escolhas que me cativaram. A tua mão esquerda no volante e a música acelerada
como o meu coração.
Dá-me a mão, sempre a direita, quando passeamos pelas
Avenidas e deixas nos passeios, aroma a baunilha e nos meus lábios, o sabor a cigarrilhas
(que agora fumo).
Lembra-te das palavras que moram nos livros, dança ao som das
canções que me ofereceste, e viaja até onde a imaginação te levar.
Dá-me a mão. E abriga-te comigo, aqui, comigo. Dentro no
meu peito. Nesta mistura de calor de pele, onde flutuo para além de ti.
Náufraga desse teu after shave inebriante, presa no teu
sorriso de olhos fechados.
A tua voz fere como a noite mais solitária, quando saio
para a rua deserta e danço ao ritmo da chuva.
Vislumbro-te ao longe, sem seres sombra ou apenas silhueta.
Então abrigo-me. E já não choro. Apenas reconheço a
simplicidade da imensidão.
5 comentários:
Um texto fantástico! Obrigada pela partilha!:)
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Silêncios escutados com serenidade
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Beijo e um excelente noite:)
Que texto lindo
abraços
Texto lindíssimo de ler.
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Cordiais saudações … feliz fim-de-semana
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Muito belo!
Deliciosamente sedutor.
Como se o beijo fosse eterno
e nunca se extinguisse nos teus lábios!
Um beijo para ti!
A vida é uma passagem, na qual vivemos episódios que nos reconfortam e aquecem a alma.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
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