sexta-feira, novembro 19

Gallipoli


 

Sinto os teus dedos

num respirar do abraço 

beijo de sílaba

corpo arqueado,

em desejo solfejo melodia,

que continues a esperar-me todas as noites,

sempre que a chuva dança em mim 

nesta paixão desenfreada, 

que confundo com amor.

 

Delírios de primaveras maduras

as guerras dos sentidos,

eu entontecida

o teu olhar faminto,

segredo revelado

a sul, 

onde o sol é navio.

 

E a tua mão pousada no meu peito.

4 comentários:

A.S. disse...

Uma fúria sedenta, no silêncio do teu grito.
Abismo de sede!

Manuel Veiga disse...

sensualidade em solo de piano.
gostei de ler

Juvenal Nunes disse...

O sentimento do amor é só um mas são variadas as suas formas de expressão.
Muito bonito texto poético.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes

. intemporal . disse...

E quem assim sente, sente a lonjura do alcance dos sentidos, afinal, à distância de uma emoção de dento para fora!

Um beijo meu!